terça-feira, 15 de julho de 2008

A minha liberdade!


A cada dia que passa a vontade de [(sobre)]viver é menor. As expectativas para o futuro são nulas e o "pensar positivo" não existe. Sinto raiva de mim e da vida que levo. Não tenho qualquer tipo de interesse por meras actividades do dia'a'dia e em compensação proíbem'me de fazer aquilo que me dá prazer. Queria tanto ser livre para poder voar entre as estrelas. Poder conversar com elas para que me possam ensinar a ultrapassar cada obstáculo que se coloca no meu caminho. Mas não! As forças que me levavam a fazer isso desapareceram e as correntes prendem'me neste preciso momento. Queria tanto soltar'me daqui para ir para outro lugar descobrir o mundo que está à minha espera há tanto tempo. Anseio pelo momento em que vou poder tomar as minhas próprias decisões sem ter quem quer que seja a dizer o que devo ou não fazer. Quero tropeçar nos erros que eu cometo e não que os outros me dizem para cometer. Quero aprender com a minha experiência e não com aquela que os mais velhos dizem ter. Quero descobrir o mundo por mim própria e não por aqueles que me rodeiam e que, supostamente, querem o meu bem. Quero... Quero... Enfim, quero tanta coisa que acabo por não ter nada. Apenas fico com um aperto no coração, uma raiva dentro de mim e uma angústia por desejar aquilo que um dia me foi possível. Quero voltar a confiar em mim para ir mais além mas não me deixam. Fazem questão de me reter aqui em baixo para que aprenda a viver e a saber que a vida não é um mar de rosas como o imagino. Mas como posso aprender a viver e a enfrentar esse mundo tão cruel se não me deixam fazer absolutamente nada? Aqui aprendo com a solidão apenas. Esse sentimento sei'o de cor e salteado. Sei que é uma dor física e psicológica. Ficar sozinho sem ninguém à volta é o que pode haver de mais cruel. Mas sei, plenamente, que o dia da MINHA LIBERDADE não está assim tão longe e, por isso mesmo, vou encarando esta terra húmida como uma manta suave que me vai protege até esse tal dia.

sábado, 12 de julho de 2008

Fica comigo!


Toca no meu corpo e acaricia'me. Não tenhas nojo de tocar no meu sangue e muito menos de colocar as mãos sobre as minhas fridas. Elas, as fridas, agora pouco ou nada me doem. Já estou tão habituada a esta dor persistente que já não me faz qualquer tipo de impressão. Agora quero simplesmente que me abraces e que sintas o calor do meu corpo. Quero'te comigo ao meu lado mesmo estando coberta de sangue nojento e fedorento. Mas não tenhas impressão de quem te ama. Chega'te mais e dá'me a tua mão. Deixa que eu t'a cobra com o meu sangue para saberes que te amo de verdade. Afinal, dava a minha vida pelo teu amor e pela tua companhia. Volta para junto de mim e vê como o céu é tão bonito. Olha para as estrelas e espera para que elas te digam 'olá'. Sei que parece patético mas elas falam de verdade. Apenas tens que te entregar a elas e deixar com que elas te façam sentir feliz e único. Sim! Foi com elas que aprendi a perdoar e a confiar. É verdade que ainda não me explicaram como o fazer mas anseio por esse dia. Espero há tanto tempo por ti, meu amor. Aguardo que fiques ao meu lado para fazer com que as minhas fridas sarem; para fazer com que deixe de sentir nojo de mim própria e pavor de um simples espelho. Por favor, não me magoes por coisas que não têm qualquer tipo de significado. Fica comigo! Bebe do meu sangue e alimenta'te dos pedaços de carne que ainda estão espalhados à minha volta e que os bichinhos não os quiseram. Vem! Deita'te e abraça'me! Sentes? Sentes o meu coração a bater? Sim! Bate porque as estrelas dizem para ter esperança. :'$

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Por favor, MATA'ME!


Por favor, mata'me. Por favor! É a única coisa que te peço. Mata'me! Estou farta de olhar para o espelho e ver alguém que detesto. Ver aquilo que nunca conheci e que nego a conhecer. Cansei'me de mim. Cansei'me de quem sou. Mata'me mas não me toques. Não me toques porque não quero que sintas um corpo que me mete nojo e que eu recuso a aceitá'lo como meu. Parece absurdo mas nunca senti tanta vontade de uma coisa. Mata'me e darás'me a felicidade. Só assim verei os problemas que me assombram todos os dias e que faço questão de os ignorar [(por breves horas)] para que os outros não percebam que os tenho, desaparecerem da minha vida. Queria tanto acabar com este sofrimento e esta agonia. Queria deixar de fazer força para que as gotinhas de sal não caiam em frente de todas aquelas pessoas bem como deixar de mostrar uma felicidade que não existe só para enganar aqueles que me rodeiam. Por tudo isto e mais alguma coisa imploro que me mates. Que faças o mais justo e acabes com a minha infelicidade para que consigas dar a felicidade a quem merece. Tenho consciência que essa felicidade já me pertenceu mas agora não vale a pena lutar por ela pois nunca mais voltará. Por favor, mata'me... Mata'me. Farta de tudo e mais alguma coisa estou eu. Farta de dizer não às pessoas que amo só com vergonha de sair e mostrar'me. Farta de não aproveitar aquilo que me é dado com medo que alguém me repreenda e diga que não sou em condições. Farta... Farta... Suplico'te! Mata'me! Não estou disposta a passar horas em frente a não sei quê com os olhos vermelhos e uma respiração ofegante. Não quero voltar a sentir que sou a única a estar neste estado enquanto todas aquelas pessoas se estão a divertir. Não quero voltar a desconfiar de quem não merece só por saber que não presto. Não quero voltar a cair na mesma asneira e arruinar a minha vida. Não quero sentir inveja daqueles que me são mais próximos por terem aquilo que eu gostava de ter. Por isso, mata'me... Por favor! Quero desaparecer daqui e deixar de causar transtorno. É a única coisa que peço. Que me matem. Que destruam esta alma que já nada tem mas que um dia tudo teve. Agora? Agora resta'me cheirar este odor a defunto queimado. Sim. Ardi no meu próprio local de eleição. Naquele sítio em que fazia questão de ir escrever e desenhar. Onde passava horas a olhar para o nada mas onde tudo via. Sim! Nesse tempo posso dizer que era feliz mas o que sinto agora está bem explícito neste local. O meu corpo restringiu'se a umas simples cinzas que daqui a pouco são nada bem como a minha lembrança.